domingo, 1 de março de 2015

Até que enfim! Serra da Canastra!!! pt1

Boa noite de domingo pessoal!

Faz um tempo que não posto pois o meu notebook foi dessa para melhor.

Ficou faltando os últimos rolês das minhas férias, Canastra, São Thomé e Parna Itatiaia.

Faz muito tempo já que queria conhecer a Canastra, aquelas cachoeiras enormes, o offroad liberado no parque, o camping (quase) selvagem, e todas as fotos e relatos que a gente vê pela net.

Arrumei minhas coisas, os kits de sobrevivência e higiene, a barraca pequena e saí cedo de casa sentido São Roque de Minas - MG.

A estrada é bem sem graça até chegarmos em Furnas, onde pirei com uma cachoeira enorme à esquerda da estrada, e logo após, um canyon no lago de furnas que parecia de outro mundo. Agora, estava margeando o Parna Canastra!
Pena que não dá pra ver o tamanho da cachoeira, a foto não faz jus a realidade!

Represa de furnas, o Mar de Minas!

Entrada do Camping

Estrada que vai da cidade até o camping e a portaria do parque

Entrada do camping

Como eu tinha pressa em chegar em São Roque me ative ao asfalto e montei acampamento no pôr-do-sol. Fiquei acampado bem próximo da portaria do parque (que parece que agora está fechada devido às péssimas condições da estrada), num sitio num vale, simplesmente sensacional.

Pior foi lembrar apenas durante a montagem da barraca que eu não havia levado colchão inflável nem colchonete nem nada para dormir. Ainda bem que o mato do camping estava alto, fiz uma cama de mato e montei a barraca em cima, até que ficou confortável hehe.

Fui ao centro da cidade comprar algumas coisas para fazer um lanche, voltei para a barraca e ali terminei o dia, com 530km rodados.


Vista ao amanhecer
A portaria do parque abre as 8:00h. Acordei um pouco mais cedo e deixei tudo em ordem para aproveitar bem o dia por lá.

A estrada para a portaria 1 de São Roque estava MUITO ruim, com erosões enormes onde a Tenere dava fim de curso várias vezes, além de chegar a bater o protetor de cárter no chão em alguns desníveis. Tanto que alguns dias depois que eu fui fecharam a portaria.

Mirante antes da portaria

Paga-se R$8 para entrar. Pra conseguir um mapa do parque na portaria quase arrumei briga. Mas também ganhei algumas dicas valiosas.

O parque é organizado em "espinha de peixe". Tem uma estrada principal que corta o parque de fora a fora e dali saem algumas vicinais para as atrações. Eu fui entrando em todas, sem pressa.

Saindo da portaria já se nota a diferença do clima e do terreno, da vegetação. Estamos no topo do chapadão.

Logo à beira da estrada está a Nascente do São Francisco.
Uma das principais atrações do parque

Muito legal, mas não tem nada demais. A primeira cachoeira seria a cachoeira do Rolim, a mais alta do parque, com 220m de altura. Deve ser linda. Deve pois não tem como chegar perto da cachoeira, não tem caminho nem trilha nem nada. Só se vê ela ao longe.

Mas alguns metros antes dessa tem outra menorzinha, essa das fotos abaixo onde tomei o primeiro banho de cachoeira da canastra. Olha a quantidade de peixes na água!


Primeiro banho de cachoeira
Voltei a principal, dei de cara com veados, emus, tucanos e vários outros animais. Muito legal. A próxima parada seria a Casca Danta parte alta e quem sabe fazer a trilha a pé para a parte baixa (3km Hardcore). Legal que, como eu fui cedo, visitei ela sozinho. Tomei um banho no poço e minha alergia atacou de tal forma que desisti de fazer a trilha.

Casca D'anta parte alta


Porteira do infinito, perto da garagem de pedra

Relaxei na Casca Danta e resolvi ir conhecer a cachoeira do fundão, em área recém desapropriada.
Cara, que lugar sinistro. A estrada era um off pesado, e andei, andei e andei e não achei nada!

No final da estrada tinha uma casinha, parecia até cena de crime, tudo largado, inclusive com móveis, e comida espalhada... mato com mais de metro de altura. Dali eu não consegui enxergar a trilha nem saída pra tal cachoeira.

Quando já havia desistido e resolvido comer um lanche por ali e voltar, ao subir na moto, começo a escutar outra moto vindo. E apareceram do meio do mato!!! hehe Tomei um puta susto. Eram 3 motos, uma XRE e duas Lander, que já estavam indo embora. Me indicaram o caminho e se foram.

Nisso, eu estava completamente sozinho, num lugar extremamente ermo. Andei mais uns 2km com a moto pela trilha super fechada, e daí segui a pé.

Trilha pra seguir? Não tinha nenhuma. Sorte que o GPS estava no pescoço. foram mais uma hora de caminhada até chegar nisso aí em baixo:

Parece cena de filme. SENSACIONAL! tem uns 40m de altura.
Acabou que eu não tive coragem de entrar na àgua. Dessa vez eu realmente fiquei apreensivo com tudo que poderia ocorrer e acabei nem tomando banho aí. Resolvi voltar pra Casca Danta e por lá fiquei até o final do dia.

Na próxima parte conto como foi o segundo dia e a volta pelo Vale da Babilônia!

4 comentários:

  1. Massa Rafael, lindo lugar!!! Muita coragem fazer esses passeios off sozinho...

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  2. Bem massa, cara! Parabéns! Mas, sem essa entrada por São Roque qual seria a melhor opção pra conhecer o parte hoje? Sabe dizer?

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    1. Então Renan, a portaria 4 so da acesso a parte baixa da casca danta e mais nada, resta a 2 e a 3. A de Sao Joao Batista é a mais próxima a São Roque, mas se você vem de São Paulo ou do sul melhor entrar por Sacramento. Nao conheco nenhuma das duas, mas São Roque sinceramente não me agradou, não deve ser dificil superar.

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  3. Show, estou marcando de ir em Novembro e estou um pouco receoso por causa das chuvas. Qual mês que você foi? Já fiz o parque 2 vezes de carro com meu pai quando criança e não lembro muito bem como era as condições da estrada. Vou com meu irmão em 2 Teneres 250

    Abraço

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